Imperatriz
Ficha Tecnica 2024
- Enredo: “Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda”
- Carnavalesco: Leandro Vieira
- Presidente: Cátia Drumond
- vice Presidente: Vinícius Drumond
- Presidente de Honra: Luiz Pacheco Drumond
- Diretor de Carnaval: Mauro Amorim e André Bonatte
- Diretor de Harmonia: Thiago Santos
- Intérprete: Pitty de Menezes
- Mestre de Bateria: Luiz Alberto (Lolo)
- Rainha de Bateria: Maria Mariá
- Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro.
- Comissão de Frente:Marcelo Misailidis
“COM A SORTE VIRADA PRA LUA, SEGUNDO O TESTAMENTO DA CIGANA ESMERALDA”
G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE | Carnaval 2024
Sinopse – RESUMO
Conto, em meio ao carnaval, que uma cigana chamada Esmeralda deixou por escrito um testamento onde constam os ensinamentos para que os sonhos possam ter compreensão, ou a sina de uma pessoa ser revelada. O fato é que esse testamento foi trazido para o Brasil por um grupo de ciganos que, em caravana e ao redor de fogueiras, espalhou festa, música, circo, dança e a crença popular naquilo que o testamento guardava. Conto-lhes então que esse testamento parou nas minhas mãos como uma espécie de manual mágico para a interpretação dos delírios de quem dorme; das datas felizes e azaradas, das linhas que cruzam a palma da mão para traçar destinos e dos planetas que se movem. Ao lê-lo, desde então, quero a alegria de adormecer nos braços de Morfeu pra colher um sonho bom, tal qual consta nas linhas escritas pela cigana. Sonhar com cisne pra esperar candura. Com rosa encarnada, pra ser feliz sem demora. De olhos fechados, sonhar com urso ou macaco, para que, de olhos abertos, eu possa botar fé no jogo certo. Ganhar na dezena e na centena. Quebrar a banca quando der doze no milhar e, na véspera, em sonho, eu avistar um elefante. Ciente do que diz o testamento, peço apenas que com pressa me acordem caso, em sonho, o vulto de um sultão vier me visitar. Sei de cor e salteado (e foi lendo o testamento da cigana que eu aprendi) que há dias nos quais o azar se põe a espreitar. Por isso, malandro que sou, piso manso pra não vacilar. Espero aquilo que não se antecipa nem se atrasa. O que é meu – a cigana me contou – tem data e hora marcada pra chegar. Tá escrito na palma da mão que a linha da fortuna vai fazer valer o meu corre-corre pra não deixar a peteca cair. Que a linha da vida é forte e que a linha do amor é fino traço, quase corda bamba, onde é bom se equilibrar com a expectativa de não cair, enquanto espero que pinte aquele sorriso que vai pintar a vida que eu quero (e que todo mundo quer) de rosa. Sei que tá na palma da mão o que se ganha e se perde. Que tá no céu o tempo bom e o tempo mau. Nos planetas que mudam de lugar. Conto-lhes o segredo que habita o céu desde o tempo dos faraós: quando os astros se movem, quem erra também pode passar a acertar. A vida embolada pode embalar. Quem chora pode então gargalhar. O de cima descer. O de baixo subir. O zodíaco anunciar que a sorte virá, o sol entrar em peixes, o brilho lunar entrar em aquário, o balanço das marés fazer as coisas mudarem, o calendário marcar fevereiro, quem é bamba bombar, a Escola decolar. E é aí que (foi a cigana quem me antecipou) ninguém segura, amarra ou prende quem nasceu com a sina de ter sorte virada pra lua.
Títulos da Escola
2001
Campeã
2000
Campeã
1999
Campeã
1995
Campeã
1994
Campeã
1989
Campeã
1981
Campeã
1980
Campeã
Ficha Técnica
- Fundação: 06/03/1959
- Cores: Verde, Branco e Ouro
- Presidente: Luiz Pacheco Drumond
- Presidente de Honra: Luiz Pacheco Drumond
- Quadra: Rua Prof. Lacê, 235 – Ramos – Rio de Janeiro – RJ – CEP. 21060-120
- Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 14) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa – CEP: 20.220-290
- Web site: www.imperatrizleopoldinense.com.br
A História da Imperatriz
O GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE é uma Escola de Samba do Rio de Janeiro, sediada no bairro de Ramos, na zona norte da cidade. Fundada em 6 de março de 1959 pelo farmacêutico Amaury Jório, juntamente a alguns sambistas da Zona da Leopoldina e remanescentes da extinta agremiação Recreio de Ramos, seu nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina – que cortava o bairro de Ramos – e que, por sua vez, recebeu esse nome em referência à Imperatriz Maria Leopoldina do Brasil.
Em sua bandeira, carrega as cores verde, branco e ouro, além do símbolo maior, a coroa real. Ao longo do manto, onze estrelas simbolizam os bairros que compõem região: Bonsucesso, Brás de Pina, Cordovil, Manguinhos, Olaria, Parada de Lucas, Penha, Penha Circular, Vila da Penha, Ramos e Vigário Geral, abrangendo ainda toda a área do Complexo do Alemão e do Adeus.
Legítima herdeira dos foliões que, desde o começo do século 20, ocupavam as ruas de Ramos e imediações na região da Leopoldina com seus grupos carnavalescos, a Imperatriz Leopoldinense tem a tradição de reunir grandes sambistas em torno de sua bandeira.
A Rainha de Ramos – como é carinhosamente chamada – se notabiliza ao longo do tempo como referência no papel cultural das escolas de samba, brilhando com seus enredos originais, quase sempre ligados à história e cultura do Brasil. É também conhecida como celeiro de grandes compositores, destacando-se figuras como Zé Katimba e Niltinho Tristeza – autor do clássico Tristeza, que acabou batizando seu nome artístico.
E se formos falar de samba-enredo, a escola se envaidece em ter visto saírem de sua quadra sambas-de-enredo memoráveis como “Brasil: flor amorosa das três raças”, “Oropa, França e Bahia”, “Martim Cererê”, “O quê é que a Bahia tem?”, “O teu cabelo não nega”, “Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós” e muitos outros.
Num mundo dominado pelos homens, ela também se afirma como uma instituição que valoriza o poder feminino, a começar pelo seu próprio nome que, num sábio jogo de palavras, aproxima uma das mais pujantes regiões da cidade (a zona da Leopoldina) à uma das mais importantes e batalhadoras mulheres da história brasileira (a Imperatriz Leopoldina), atuante na política do país num período que reservava às mulheres papéis secundários, e uma das responsáveis por nossa independência.
Para que se tenha ideia da força feminina na escola, a Imperatriz foi a primeira a romper com a tradição das Comissões de Frente masculinas, trazendo em 1969 um grupo de passistas para defender o quesito que, até então, era sempre formado por distintos senhores das velhas-guardas nas demais escolas. Além disso, são muitas as figuras femininas notáveis, desde a Porta-Bandeira Maria Helena, passando pela carnavalesca Rosa Magalhães, a grande destaque Valquíria e as irmãs Cátia e Simone Drumond, respectivamente presidente executiva e presidente do conselho deliberativo da escola.
É também uma das pioneiras nas grandes inovações da folia, tendo revolucionado por duas vezes o quesito Comissão de Frente ( a primeira, já citada acima) e sendo responsável pelo formato organizado e preocupado com os quesitos – o famoso desfile técnico – tão fomentado nos dias de hoje. Berço de muitos bambas, a escola se orgulha de suas tradições e de sua trajetória, mantendo-se firme em sua missão de levar alegria, cultura e conhecimento ao povo brasileiro.